domingo, outubro 11, 2015

Fica Valores!

Conheci o programa Valores de Minas em 2013, e ali me descobri.
Até então eu era professora de História e artista de circo, as coisas não se misturavam, e eu não me sentia completa em nenhuma das duas funções. Eu estivera perdida sem saber o que fazer da vida pra me fazer feliz, estudava circo e já havia passado por dois cursos universitários e até cogitava fazer mais um, mas eu queria algo mais.
No meio do ano de 2013 comecei a dar aula de acrobacia aérea no programa, já cheguei no meio do processo, e me identifiquei e me dediquei tanto que me envolvi profundamente nele, fiquei encantada.
Conheci o poder da arte aliada à educação, vi jovens se transformarem nesse processo, testemunhei a mais profunda formação humana, vi sentido em trabalhar, em acordar cedo, em investir meu tempo em algo.
Hoje sou coordenadora da área de circo no programa, aceito e amo minha função de educadora, descobri minha vocação, o que me faz feliz, e isso é educar, transformar, despertar novos olhares, provocar.
O Valores de Minas é um programa consolidado através de seus 11 anos de história, eu acredito na força desse programa, eu reconheço sua função social, eu acho uma irresponsabilidade do governo não empenhar todas as suas forças pela manutenção do Valores como ele é.
Eu luto pelo Valores de Minas!
#FicaValores



sábado, setembro 26, 2015

A volta!

Hoje volto a apresentar depois de um tempo me dedicando à maternidade!
Feliz que seja nessa festa super especial e significativa para mim, feliz demais também com a parceria: Natalia Carvalho, a quem eu devo agradecer o meu retorno aos treinos, à forma, ela sabe a força que me deu ;)
Victor Diniz, lembra nossa conversa na inauguração do BAIXO Centro Cultural? Que meu retorno ia ser lá, pois então, dito e feito!
Amor, amor! Venham todos, vou adorar ver carinhas conhecidas lá das alturas!!!!!

quinta-feira, junho 25, 2015

Sense 8

Há quanto tempo uma cena não me emociona tanto...
Aliás, há quanto tempo uma série (ou filme) me toca tanto. Sense8 traz várias questões inerentes ao ser humano tanto filosóficas quanto sociológicas, trata de desigualdade social, criminalidade, drogas, gênero, sexualidade, direitos humanos, liberdade, relações de poder...
Acaba sendo uma grande metáfora sobre como todo mundo é parte de algo maior, que transgride ao que conhecemos, e como dependemos uns dos outros, como nos relacionamos...
A edição é feita de forma espetacular, os diretores tem uma sensibilidade incrível e o resultado é foda.
A série me fez sentir, me fez refletir e me emocionou muito :)
Tudo mérito de J. Michael Stracsynski (Babylon 5) com Lana e Andy Wachowski (Matrix, V de Vingança) 


https://www.youtube.com/watch?v=TRJYCW_dCN4

segunda-feira, junho 22, 2015

Sobre amamentar...

Sobre não conseguir amamentar exclusivamente... O que preciso é de palavras de apoio e não de olhares de reprovação.
Fiz TUDO que pude, já chorei muito (e ainda choro), consultei especialistas e fiz tudo que indicaram, sofri muito.
Tivemos uma gravidez saudável, um parto normal humanizado muito planejado e desejado e nessa caminhada essa dificuldade que eu viria a enfrentar nem passou pela minha cabeça... No entanto, foram messes inteiros na luta, até que, algo que deveria ser prazeroso, de repente se tornou um sofrimento para mim e para ela. Foi quando me rendi ao complemento que Olívia ficou bem, passou a ganhar peso como deveria e a chorar menos.
Li um texto sobre as fórmulas uma vez no "Cientista que virou mãe", q terminou com esse parágrafo que me fez sentir abraçada:
"Dedico esse texto a algumas mães que eu conheço que fizeram de tudo para melhorar a própria produção de leite, que usaram todos os métodos possíveis e imagináveis para que seus filhos pudessem ser amamentados e que, ainda assim, não conseguiram. Vocês, mães conscientes da importância da amamentação, que passaram pela angústia de querer amamentar sem conseguir, são mulheres fortes e têm todo o meu respeito. O complemento que tiveram que dar aos seus filhos é, na minha opinião, leite vindo também de dentro. Não do peito, mas do coração... que é onde mora a alma de uma mãe."
Agora esse texto que compartilho, que traduz tudo que se passa no meu coração de mãe..

terça-feira, junho 09, 2015

Um grito, ouviu?


Pessoal repudiando a trans da foto simplesmente não está entendendo NADA.
Jesus foi crucificado por ser considerado subversivo ao pregar o amor ao próximo, e tenho a sensação de que seria crucificado hj de novo por essa sociedade conservadora.
LGBTs são 'crucificados' todos os dias apenas por viverem sua essência. Esse protesto não é ofensa a nenhuma religião, é uma metáfora, um grito do oprimido.

quarta-feira, abril 01, 2015

Relato de Parto

Acordei no sábado, dia 7 de março de 2015, com uma perda de líquido, era véspera do chá da Olívia e a semana havia sido puxada. Liguei para o meu médico que estava em uma maternidade perto de casa, ele pediu pra ir lá fazer um ultra som e pra ele me examinar. Ora, eu estava com 35 semanas, a bolsa estava íntegra, um pouquinho de dilatação, mas sem contrações, saí de lá com um atestado de 1 semana e a recomendação de ficar de repouso, “não absoluto, mas repouso”.
Chegando em casa, por volta das 11 horas, começaram as contrações, bem levinhas e que eu ignorei enquanto pude: fiz hidratação no cabelo, me depilei, fiz as unhas... Afinal o chá era no dia seguinte, ela ainda estava com 35 semanas... Eu não queria acreditar que ela havia escolhido logo aquele momento pra nascer.
Às 18 horas já não dava mais para ignorar, tinha de ir ao hospital pelo menos pra ver o que estava acontecendo, mas ainda imaginando que chegando lá iam me dar algo pra atrasar tudo por algumas semanas... Tolinha, rs.
Liguei pro meu namorado, disse q estava sentindo umas dores e que era melhor ir direto no hospital ao invés de ligar para o médico, que era bom que a gente já conhecia lá. Entendam: fiz o pré natal pelo plano de saúde mas já havia resolvido que teria pelo SUS, por todos estes motivos de desejar muito um parto normal e humanizado e saber que esse hospital oferecia isso.
Chegamos lá por volta das 19 horas, as contrações já estavam regulares e em intervalos pequenos, quando a enfermeira fez o toque (não senti dor nos exames de toque) já estava com 5 cm de dilatação, ela disse que ia me internar, e que do jeito que estava não ia demorar para a Olívia nascer.
Choque! Eu não estava preparada pra isso – ainda ia olhar a questão da doula, das músicas, da mala da maternidade, fora o chá no dia seguinte, as fotos que eu queria tirar............... Maaas a minha única opção era encarar o trabalho de parto, junto com meu parceiro que esteve ao meu lado o tempo todo.
Resignada e obstinada que sou, perguntei pra enfermeira na internação qual era o máximo de tempo que durava uma contração - 45 segundos – elas vinham, eu fechava o olho, apertava a cama e contava mentalmente, no segundo 15 começava a doer muito, no 20 era quase insuportável e nos 30 ia diminuindo a dor até parar.
Em mais ou menos duas horas, na sala de pré parto, já havia completado 10 cm de dilatação, as contrações já vinham em menos de um minuto de intervalo e doía muito, mas a bolsa estava íntegra. Por volta das 23:30 eu pedi anestesia, eu não sabia quanto aquilo ainda iria durar e quando levantei para tomar e ir pra sala de parto (que demorou a liberar) começou o período expulsivo. A dor era muita e não achei que a anestesia fez taaanta diferença, mas, com certeza, deu alguma aliviada.
Era difícil me locomover por causa da dor, fui para o chuveiro, sentei no banquinho, cantei, considerei uma cesárea (rs), bebi água, chamei a Olívia com o hino do Cruzeiro, gritei, xinguei, ri... Vivi intensamente a partolândia.
Frequentemente os enfermeiros vinham checar os batimentos cardíacos da pequena, em algum momento, já impaciente, perguntei ao enfermeiro se ia demorar, ele perguntou se eu queria que rompesse a bolsa, e no toque que ele fez se deu o rompimento. Ele disse que a partir de então só dependia de mim e da Olívia ainda dentro da minha barriga. Me aconselhou que fizesse forças longas nas contrações, que já estavam bem emendadas uma na outra, e a vontade de fazer força era grande mesmo, ainda sim demorou mais um pouquinho.
Resignada e já cansada, quando menos esperei, às 3:35, veio a Olívia, veio assim de uma vez! Que delícia ouvir aquele chorinho (já tinham me dito que seria um sinal de q ela não precisaria ir pra UTI neonatal!!!). Por ela ser pré matura chamaram a pediatra às pressas, mas a Olívia veio um pouquinho no meu colo antes, naquele momento mais emocionante do mundo. A pediatra examinou ela do meu ladinho e como estava tudo bem ela voltou logo pro meu colo e ficamos nós três ali curtindo aquele momento que pode ter durado a eternidade, ou só 30 minutos, não sei ao certo.
Um balanço geral:
. No fim das contas quem faz o parto é mesmo a gente, estivemos eu e meu namorado a maior parte do tempo sozinhos, vivendo e aproveitando aquele momento da melhor maneira que pudemos. Foi extremamente especial estarmos juntos esperando a Olívia num ambiente calmo, à meia luz, só nós dois.
.Talvez se eu tivesse tido tempo de me preparar melhor, tivesse tido uma doula, as músicas que queria, os instrumentos que pensava, pudesse ter lidado melhor com a dor, mas isso nunca saberei.
.Ela não saiu de perto de mim nenhum minuto, não fizeram nenhum procedimento desnecessário e desconfortável e só tomou banho no dia seguinte.
.Não me arrependo de nadinha de nada, hoje já me emociono com saudade do parto, não me lembro de como era a dor, tudo me remete ao finalmente de ter minha filha comigo, então viveria aquele momento milhões de vezes e recomendarei um parto normal um milhão de vezes.
.Levei dois pontinhos superficiais que não chegaram ao músculo nem nada e curaram rapidinho.
.Pari sentada com as pernas num arco preso aos dois lados da cama, bem como uma circense se alongando, rs
No fim das contas, eu, que faço um escândalo por qualquer trombadinha de dedo na quina e que sou a rainha do planejamento, entreguei o controle de tudo e PARI.
Por fim uma musiquinha pra esse momento tão lindo... Se a música da minha gravidez foi “Deusa do Amor” do Olodum (escutei e cantei muuuito na versão do Moreno Veloso) a que eu escolho pra esse momento maternidade que estou vivendo é Chuva na Montanha do Lô Borges (Coloca aí no youtube vai!)
Anda vem me lumiar com sua chama
Vai anoitecer
Não me importa se o vento quer entrar na nossa porta
Pra assustar você
É que ele não pode entender
Vento não tem onde se deitar
Eu também não descansei até surgir você...
Corre estrada, gira mundo e na cabeça
Torre de Babel
Como pode haver um rio sem a chuva da montanha
Pra poder seguir
Sou um rio que procura o mar
Minha chuva chove de você
E a gente vai andando
Vai amando até o fim.

sexta-feira, março 13, 2015

Chá de... ops!

Passada a confusão, vamos lá:
A semana passada foi de preparação, 34 semanas de gravidez, barriga pesando, pés inchados e o chá da Olívia no domingo! Origamis, lembrancinhas, encomendas... Tudo sendo separado pra levar pro Pomar... Em meio a tudo isso feira do bebê e da gestante, muito trabalho. Na quinta feira meu corpo começou a dar sinais da chegada da Olívia, no sábado isso só se intensificou (e eu ignorei enquanto pude! rs), e ela chegou na madrugada de domingo, antes da hora, mas linda e saudável (em breve, relato de parto!).
Chegou no dia do Chá dela, que aconteceu mesmo sem a gente, e estou aqui justo para agradecer a todos que ajudaram ele a acontecer, e a todos que compareceram!Mãe, Tia Júnia, Vó, Pai, MarinaMarcela, Rita: muito obrigada pela dedicação a essa festa que sei que foi um sucesso... A preparação da comida, a decoração, os detalhes... Nada seria possível sem vocês, gratidão 
Gabriel: depois de passar a madrugada no hospital comigo, acompanhando cada momento e me dando forças na hora do parto, encarou a empreitada da festa até o fim, meu amor, obrigada :)
A todos os presentes: não avisei ninguém que Olívia tinha nascido, me desculpem, mas eu não queria gerar dúvidas sobre ter ou não a festa, obrigada pelo carinho e pelas fraldas :)

Muito amor tudo isso!!!



domingo, fevereiro 15, 2015

Obrigada Bloco Então, Brilha, ontem realizei um sonho!
Desde pequena, ouvindo a bateria nas arquibancadas do Mineirão, quis tocar o surdo, e, estrear especialmente em um bloco do qual compartilho as ideias e a mensagem foi pura lindeza :)
Valeram os ensaios, valeu carregar o surdo de ônibus pela cidade, o banho de chuva em um deles... 
Por fim, eu e Olívia, na minha barriga de mais de 7 meses, resistimos às mais de 3 horas tocando em baixo do sol, o sentimento de amor <3 span=""> era maior que qualquer limitação, me senti emocionada em vários momentos!!
Gratidão ao bloco e a esses organizadores lindos que lutam e se entregam para que tudo aconteça, ISSO é amor <3 span="">
Gente é pra brilhar!!!!!!!!

sexta-feira, janeiro 23, 2015

Sons da gravidez

Fim de semana passado fui ao incrível show do The Waillers, que era a banda do Bob Marley, juntamente com o filho dele, Julian, enfim, nem precisa falar que foi foda... 
Mas não é que saí de lá afim de ouvir o também incrível CD do Gil kaya n'gan daya... E como tenho ouvido essa semana, e como é lindo, principalmente essa aí. Certeza que vou cantar ela muito pra Olívia

https://www.youtube.com/watch?v=SmLp_A6QeX8